domingo, 22 de dezembro de 2013

A Paciência e seus limites

A Paciência e seus limites


Dá a entender que me ama,
mas não se declara.
Fica mastigando grama,
rodando no dedo sua penca de chaves,
como qualquer bobo.
Não me engana a desculpa amarela:
‘Quero discutir minha lírica com você’.
Que enfado! Desembucha, homem,
tenho outro pretendente
e mais vale para mim vê-lo cuspir no rio
que esse seu verso doente.

Adélia Prado

Um comentário:

Nonato Gurgel disse...

'e mais vale para mim vê-lo cuspir no rio
que esse seu verso doente."

salve Adélia e o seu verso são


bj