– para Batata e Negão
Nem sempre atrás de algum tipo de encrenca.
Distraídos de headphone e falando alto
em gigantescas lojas de discos. Juntando
os cascos vazios e os últimos trocados.
Tramando curtições e pequenos crimes.
Trocando de assunto. Na esquina de baixo
dos fatos. Estabanados aprendizes dos feiticeiros.
Dançando pulando desgovernando o barco.
Caindo fora como velhos David Banners.
Contemporâneos de cada estilhaço.
Furtando taças de vernissages.
Bebendo vinho em copos de plástico.
Marcelo Montenegro
[Lembro do Marcelo Mirisola brincando que essa era a melhor dedicatória
da poesia brasileira. Algo assim. Seja como for, fiz para os meus
amigos-de-fé-irmãos-camaradas Batata e Negão e está no meu “Orfanato
Portátil”, de 2003]
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