Mais um texto belíssimo texto sobre o rei a mim dedicado.Obrigado a Deta pelo carinho justamente no dia do meu aniversário.
Roberto Carlos para além de RC
Para Tetê Bezerra
sempre tive resistência a tudo que 'pega' demais, a tudo que vira (quase) unanimidade, talvez por achar que esse fenômeno tem muito de contágio mental, rebanhismo. por isso mesmo nunca li Freud de baco a barro ou, se é preferível, de cabo a rabo (cabo a rabo não sei de quê...), quando ele era O Autor...
foi assim com Roberto Carlos. nunca comprei um disco dele, embora goste bastante de algumas canções suas, não sei se pela singeleza, pela forma como traduz nossos troços sentimentais.
noite dessas ouvi "Alô", tocando ao longe, num rádio, na vizinhança lateral da casa. fui à janela para ouvir melhor. era a primeira vez que escutava de verdade a canção, que já deve ter umas duas décadas. e ouvi como quem deixou o café na mesa mas, de súbito, olha e diz "ah, tinha esquecido", e verifica que está bem morno, ao ponto, e bebe com gosto.
sábado passado ele estava lá, naquele palco-céu, feito o santo da música popular deste Brasil tresvariado musicalmente e em outros aspectos.
parecia um totem diante do qual cessaram, por duas horas, todas as agonias de um povo que diariamente sangra.
escutei tudo em estado de inocência, sem julgamentos, comparações, sem me importar com a logomarca do canal, sem adjetivos.
pela primeira vez escutei Roberto Carlos para além de Roberto Carlos.
parecia um velho da aldeia, meio místico e sem cachimbo, contando histórias de amor cantando.
demorei a adormecer, mas dormi bem.
Postado por Nivaldete Ferreira (http://lapisvirtual.blogspot.com/)
Roberto Carlos para além de RC
Para Tetê Bezerra
sempre tive resistência a tudo que 'pega' demais, a tudo que vira (quase) unanimidade, talvez por achar que esse fenômeno tem muito de contágio mental, rebanhismo. por isso mesmo nunca li Freud de baco a barro ou, se é preferível, de cabo a rabo (cabo a rabo não sei de quê...), quando ele era O Autor...
foi assim com Roberto Carlos. nunca comprei um disco dele, embora goste bastante de algumas canções suas, não sei se pela singeleza, pela forma como traduz nossos troços sentimentais.
noite dessas ouvi "Alô", tocando ao longe, num rádio, na vizinhança lateral da casa. fui à janela para ouvir melhor. era a primeira vez que escutava de verdade a canção, que já deve ter umas duas décadas. e ouvi como quem deixou o café na mesa mas, de súbito, olha e diz "ah, tinha esquecido", e verifica que está bem morno, ao ponto, e bebe com gosto.
sábado passado ele estava lá, naquele palco-céu, feito o santo da música popular deste Brasil tresvariado musicalmente e em outros aspectos.
parecia um totem diante do qual cessaram, por duas horas, todas as agonias de um povo que diariamente sangra.
escutei tudo em estado de inocência, sem julgamentos, comparações, sem me importar com a logomarca do canal, sem adjetivos.
pela primeira vez escutei Roberto Carlos para além de Roberto Carlos.
parecia um velho da aldeia, meio místico e sem cachimbo, contando histórias de amor cantando.
demorei a adormecer, mas dormi bem.
Postado por Nivaldete Ferreira (http://lapisvirtual.blogspot.com/)
Um comentário:
Ninguém escuta canção de amor pra esquecer um amor, portanto, desligo o rádio de pilha. RC é um fenômeno, imprescindível, que parece desmazelar as "roedeiras"
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