domingo, 26 de setembro de 2010
Caio Fernando Abreu
"...Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada..."
Trecho do conto "Os Dragões não Conhecem o Paraíso", de Caio Fernando Abreu
A foto em destaque é Caio e Cazuza.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário