quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Melina Flynn

Gosto de uísque no fundo da garganta
fiz cara de vítima, esfreguei meu corpo no dele
saí andando, contei vantagem
cansei de ser assim
dona do mundo e de mim
desordenada e inacabada
falo o que não devo e o que não posso
porque gosto
eu não presto e já te disse
não me afronta não me nega
que eu fico louca
imploro uma esperança impossível
a Deus
e sei que ele me olha
e sei que não devo
mas sou e assumo cada dano meu.
Tão cruel é existir.

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