segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um texto de André Pereira


Andava sem rumo,sua ternura estava imprópria para consumo humano,feitos os pastéis adormecidos nos vidros do botequim,cumpriu sua faina;soturnamente comeu o desjum de sempre,acendeu seu cigarro e falou manso para o dono do boteco:-como está a vida hoje seu honor.O velho entre rabugento e sarcástico gritou como sempre,UMA MERDA MEU QUERIDO DOUTOR!sorriu aquiescente e viu uma bela colegial passando com suas pernas brancas rumo ao colégio,lembrou da infância e de tudo que estava longe,muito longe;soltou uma grande baforada para o infinito e resmungou:prá que tantas pernas meus deus,porém seus olhos não diziam nada,era a vida na sua essência cotidiana.

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