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FECHADO PARA BALANÇO
não conto tudo
às paredes do meu quarto
que me dão tanto crédito
nem dou desconto
ao criado-mudo
que compra meus segredos
(os mais absurdos)
acho um preço justo:
o que peço
e que pago
por um silêncio
trocado
há portas
que por importância alguma
abro
(Valéria Tarelho, natural de Santos/SP (1962), residente em São José dos Campos/SP, separou-se da advocacia devido a um caso com a poesia. Seus primeiros escritos datam de abril de 2002. Está também no Proseares com Sidnei Olívio)
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