quinta-feira, 25 de março de 2010

Cristiane Lisboa


"Il y a toujours quelque chose d'absent que mi tourment"

frase de uma carta escrita por Camille Claudel a Rodin em 1886.

Daqui deste lado do mundo, do mapa, da tela, repito a frase e tento não errar a pronúncia, tão difícil acertar como se diz por culpa de um "e" forte que não perco por graça e, confesso, um certo orgulho. E lembro de Caio, o F (como Christiane, ele diria) falando que sede faz parte. Porque os pedacinhos desconexos que chamamos de dia a dia, vida, horas, histórias particulares, não sei, são sempre tão embaralhados que algo sempre não está ali, algo é presente na ausência, algo se esconde atrás de coisas que não ousamos ou não podemos ou nem tentamos mover. Buenas, C’este la vie. O local onde tento me enganar é amarelo. Daqui vejo fogos de artifício e faço pedidos. Porque cada um tem a estrela cadente que merece.



Escrito por Cristiane Lisboa

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