domingo, 7 de março de 2010

Estrangeira


Abriga-me em suas coxas
pois perdi a rota.
Por erro, talvez.
Raro destino, quem sabe.

Fui além de mim.

Afastei-me de casa.
Confundi-me com outras.
Surpreendi-me.

Os fios que teci na sua escuridão
tornaram-me seta e luz.

Masi estrangeira do que sempre fui.

Marize Castro

Um comentário:

deh. disse...

que lindo post!

ruim mesmo é quando nos sentimos estrangeiros no nosso próprio habitat.

bjos!