terça-feira, 28 de abril de 2009


Hoje recebi esse email de um amigo,um relato triste e poético de uma perda: Querida tetê,hoje a vida está insuportavelmente angustiante para mim,vou ter que doar o cachorro,é triste não termos mais condições de nos doarmos em todo nosso potencial,de repente você se dá conta que não tem mais o vigor dos embates,ele platão,o cachorro,requer muita atenção psicomotora,estou cansado e cheio de manias,não suporto sujeira nem tão pouco estragos,ele me rasgou duas belas poltronas que tinha na varanda,quer pegar luana à força,enfim tornou-se um peso para meu ser fatigado e insone.Já chorei junto com luana,a cachorra,ela sentiu,recolheu-se num cantinho do quarto e ficou em posição fetal,como a dizer-me ,nesta hora resta-nos ser frágil mesmo,estou transido de tristeza e varado de culpa por não poder cuidar de algo que tanto estimei,nunca pensei que a vida fosse me aprontar uma dessas na curva perigosa dos cinquenta.Ele acabou de partir agora,para sempre com a matéria de que é feita toda separação:solidão,revolta e desamparo.

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