quarta-feira, 13 de maio de 2009

Lenilde Freitas


A CASA

Da porta principal à derradeira,
um corredor. Só o piso de madeira.

As portas laterais, trancadas.
Todas elas.

Pelas janelas,
fogem os fantasmas gerados na cumeeira.

Que mais?
Que mais?

Ah, sim: uma goteira, sangrando... sangrando...
sujando a casa inteira.

De Espaço Neutro (1991)

3 comentários:

BICOS E BORDADOS disse...

Gostei da casa, beleza ímpar.

Borges disse...

Uma casa não é só edificada a partir das coisas. O amor é seu mais sustentáculo

Maria disse...

Que lindo!