Minha melhor lembrança é esse instante no qual
Pela primeira vez me entrou pela retina
Tua silhueta provocante e fina
Como um punhal.
Depois, passaste a ser unicamente aquela
Que a gente se habitua a achar apenas bela
E que é quase banal.
E agora que te tenho em minhas mãos e sei
Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos
Que os teus sentidos são cinco brinquedos
Com que brinquei;
Agora que não mais me és inédita, agora
Que compreendo que tal como te vira outrora
Nunca mais te verei;
Agora que de ti, por muito que me dês,
Já não podes dar a impressão que me deste,
A primeira impressão que me fizeste,
Louco, talvez,
Tenho ciúme de quem não te conhece ainda
E, cedo ou tarde, te verá, pálida e linda pela
Primeira vez.
Pela primeira vez me entrou pela retina
Tua silhueta provocante e fina
Como um punhal.
Depois, passaste a ser unicamente aquela
Que a gente se habitua a achar apenas bela
E que é quase banal.
E agora que te tenho em minhas mãos e sei
Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos
Que os teus sentidos são cinco brinquedos
Com que brinquei;
Agora que não mais me és inédita, agora
Que compreendo que tal como te vira outrora
Nunca mais te verei;
Agora que de ti, por muito que me dês,
Já não podes dar a impressão que me deste,
A primeira impressão que me fizeste,
Louco, talvez,
Tenho ciúme de quem não te conhece ainda
E, cedo ou tarde, te verá, pálida e linda pela
Primeira vez.
Um comentário:
Adorei o texto de Guilherme Almeida, não o conhecia.
Como prometi, estou enviando umas linhas minhas, estou devendo...
LÂNGUIDA
Natal, 09/07/03.
Teu corpo nada tinha de interessante
Mas a sua presença me invadia noite a fora
Colado ao meu.
Entre lençóis e cheiros...
E eu o desfrutei
Entraste pela minha janela
Espaço aberto a me torturar
Tudo em silêncio...
Como em silêncio permanecemos
Diante do que nos sucumbe
E no embaraço desse momento
Senti o teu olhar a me desnudar
Desnudando-o eu também.
E quando te tive
Passaste como passamos todos nós...
Mas ainda ficou teu toque
Esse frio que escorre lânguido pela espinha
O gosto não sentido
Algumas palavras não ditas
Um desejo repentino
E um acre sabor na boca.
Gianka.
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